domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ideias caprichosas

Os dias vão-se alterando a pouco e pouco, no entanto ainda não estou satisfeita. E desde quando me sinto satisfeita? Sou a insatisfação em pessoa! Depois da concretização de um projecto, mesmo que falhe quanto às minhas expectativas, preciso logo de outro. Porém a mente é caprichosa! E eu sou tão imprevisível e inquieta.
Neste momento encontro-me numa fase em que as ideias surgem e logo se perdem porque não consigo uma articulação lógica entre elas. Por vezes degladiam-se para prevalecer umas sobre as outras. Vencem as assertivas num demorado "brainstorming". Esta é uma das fases depois de momentos de vazio total.
Depois surge a história: o tempo, o espaço, as personagens, o enredo, o narrador, o estilo de escrita. Não sei se será por esta ordem. Isso já depende de cada narrativa e de cada criativo da escrita. O início costuma-me ser fácil. Há alturas em que não consigo parar de escrever. Escrevi um livro juvenil, ainda por publicar, em pouco mais de quinze dias. A certa altura, pareceu-me que era a narrativa que tomava conta de mim e não o contrário. Quando terminei, senti-me completa e feliz.
Numa acção de formação aprendi a criar blogues. Tenho este onde vou escrevendo de tudo um pouco, deixo-me levar pelo momento em que escrevo. E tenho outro onde tento narrar uma história. Mas esse vai sendo escrito seguindo os caprichos da minha mente, por vezes, vazia. Escrevi um post na passada sexta-feira.
O blogue intitula-se http://fantasianomundodaspalavras.blogspot.com/ e espero que essa narrativa escrita ao sabor da mente se transforme numa história só, que nasceu ao longo de dias e noites com alguns interregnos mais ou menos longos.
Tenho de regressar a Fantasia. Tenho essa certeza. Essa necessidade. Só tenho de me disciplinar e escrever com regularidade.

12 comentários:

Gonçalo disse...

Passas pelo dilema dos artistas e da sua inspiração irregular. Como julgo que não terás a obrigatoriedade de escrever como outros artistas que precisam da escrita como de pão para a boca, podias escrever apenas quando existe sentido. Deixa-te ir apenas quando te sentes na mesma sintonia...

Beijinhos e bom Domingo :)

Nade T. disse...

Olá, Natália!
Eu também sou assim: quando termino algo, ao mesmo tempo que tenho a sensação de missão cumprida, tenho também uma sensação de vazio, fazendo com que eu já busque outra coisa, trace outro projeto.
Somos seres mutantes, em constante inquietação.
Vou lá conhecer seu outro blog!
Um excelente domingo pra você, viu!
Bjs

Nade
(Conheça meu novo blog, o Diário de Bordo)

F Nando disse...

Hás-de encontrar o ritmo certo e nessa altura as histórias vão aparecer...
Bjs

mfc disse...

Sonhar é um imperativo da vida.
Continua.

Natália Augusto disse...

É verdade Gonçalo. Não tenho a obrigatoriedade de escrever mas gostaria de ter. Tenho essa necessidade agora, pois tenho muito tempo livre. Sempre desejei que assim fosse para me dedicar à escrita e afinal bloquiei.

Logo, logo passa.

Beijinhos

Natália Augusto disse...

Olá; Nade

Somos mesmo assim, não é? Sempre em busca de algo novo e melhor que o anterior.

Gostei do seu Diário de Bordo. É um blogue bem interessante!

;))

Natália Augusto disse...

Pois é Nando. Aos poucos vou voltar ao meu ritmo e as ideias não me vão faltar!

Beijo

Natália Augusto disse...

Prometo que vou continuar MFC. Que seria de nós se não sonhássemos?


Beijinhos

:)

Daniel C.da Silva disse...

O facto é que crias a narrativa, alimentas a historia e até és ultrapassada por ela, como dizes,a narrativa toma conta de ti. Eu nao consigo essa proeza da construção; e já te li um livro e conheço o potencial. Quanto ao resto, quanto menos pensares, melhor sairá :)

Grande beijinho... e amei o baú :)

Natália Augusto disse...

Daniel. fico-te eternamente agradecida pelos teus conselhos e pela confiança.

O baú é o meu baú das histórias que utilizava na "Hora do Conto" na biblioteca da escola e no agrupamento de escolas de Alcochete.

Tenho o baú. mas já não conto histórias aos "piquenos". Melhores dias virão!


Beijo

Olga Mendes disse...

Natália perdi-me na história que estava a gostar tanto que devorava cada palavra, a minha ausência grande fez-me perder o rumo, mas ei-de voltar a ler e depressa te apanho, não fosse eu uma verdadeira devoradora de livros. Beijinhos.

Natália Augusto disse...

Olá Olga,
não és a única. Eu também me perdi e estive muito tempo sem escrever no blogue FANTASIA.
Vais-me apanhar logo, logo. Ainda me falta regressar ao ritmo anterior.

Beijos