sábado, 8 de novembro de 2008

23 de Setembro de 2008


Estou como sempre estive, em outros locais, numa outra fase da minha vida. Escolhi, num dos meus passeios solitários, tal como outrora, o meu pequeno retiro.
Sentei-me numas escadas de granito que dão para uma praia fluvial. Daí vejo a outra margem. Desde Lisboa a Vila Franca de Xira.
Mais perto, ondulam no Tejo pequenas embarcações dos pescadores e barcos de recreio.
Hoje está um dia de luz nítida, vento desassossegado sem soprar demasiadamente forte. Vagas de um castanho constante vêm em direcção à praia de areia, pedras e seixos.
Sabe-me a sonho estar aqui, mais tranquila, num mutismo absoluto. E o silêncio que não é de todo silêncio, é a voz do rio, o canto de pássaros e o grasnar de gaivotas, o ruído dos automóveis que passam na estrada calcetada e as picaretas dos calceteiros que concertam o passeio.
Tudo o resto que os meus olhos abarcam é maior que tudo. É a paisagem marítima, no primeiro dia de Outono.

1 comentário:

☆Fanny☆ disse...

Minha querida Nathalie...

Sorrio-te e abraço-te numa sintonia perfeita!

Quando estava a ler o teu texto, parecia estar a ler-me a mim própria. Também eu faço estes passeios solitários, talvez na mesma praia fluvial.

Um dia ainda nos encontramos por lá...

;-)

O olhar perde-se saborosamente na paisagem que se desenha ali mesmo em frente, nas melodias que nos tocam e nos convidam a viver...

Sabes, Nathalie? O meu estado anímico altera-se positivamente quando abraço aquele horizonte...

Um beijinho de estrelas*

Fanny